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Resumo : Paulo Freire; Pedagogia da Autonomia, Capitulo 3, 3.8 Ensinar exige disponibilidade para o diálogo

Paulo Freire chama a atenção para a realidade em que o educador não sabe de tudo e que o seu saber não é inquestionável. Segundo ele a segurança do professor se baseia na convicção de que ele sabe algumas coisas, que ignora outras e assim a única certeza que ele possui é que pode saber melhor o que já sabe e conhecer o que ainda não sabe.

    O autor põe em questão como formar os alunos sem se manter aberto ao contexto histórico, à realidade social e o contorno geográfico. Para ele não há dialogo se o aluno for tratado como um número, como um ponto em uma tabela. Freire insiste que o professor deve estar aberto ao contexto econômico, social e geográfico e esse saberes teóricos devem estar diretamente ligados ao saberes teóricos práticos da realidade em que os docentes e discentes trabalham. Segundo o autor as condições materiais em que os estudantes vivem estão ligadas diretamente a sua compreensão do mundo e sobe sua capacidade de aprender, assim validando a afirmação de que deve-se manter aberto ao contexto histórico, social e geográfico dos estudantes. A consciência de que nada justifica a diminuição, rebaixamento ou humilhação é um saber necessário para que se possa diminuir a longitude entre o educador e a realidade do aluno.

    Aponta também a necessidade de ensinar aos estudantes a ter uma consciência crítica sobre o que se consome e sobre a própria linguagem que as mídias entregam para aumentar esse consumo. Para ele as mídias hierarquizam as informações atribuindo mais valores a certas informações e desvalorizando outras baseado no interesse comercial. Notícias importantes que porem não geram cliques não são tão divulgadas quanto outras que geram bastante.

    Por fim afirma que os critérios que gerenciam a movimentação de informações pelas mídias não são neutros, e daí surge a importância identificar e analisar a ideologia na dissimulação de verdades na mídia. Para Freire as mídias dificilmente afirmariam que e seus ideias partem de um ponto de vista ideológico, em geral a empresa de mídia tem uma ideologia porem improvavelmente admitiria isso, sempre procurando convencer o expectador de que seu julgamento é neutro e voltado ao interesse público.  


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